terça-feira, 22 de junho de 2010

“Foi terrível gravar com Sthefany”, diz Isabella Fiorentino em entrevista ao NaTelinha

Qual seu grande sonho?

Isabella Fiorentino: Um grande sonho que eu tenho é me tornar vegetariana. Cresci em uma casa onde não tinha carne. Minha mãe é vegetariana desde a infância, quando viu sua cabritinha de estimação ser morta. Ela ficou tão traumatizada, com tanta pena do bichinho, que nunca mais na vida comeu carne. Minha irmã Alessandra também é vegetariana pelos animais. Aliás, estou rodeada por vegetarianos, o Arlindo (Grund) também é.

E o que falta para você realizar esse desejo?

IF: Meu organismo tem muita necessidade de carne, mas te garanto que eu não banalizo a carne e só como quando realmente não aguento. Mas ainda vou conseguir parar com isso porque tenho muita pena dos animais. O abate de um animal é uma coisa muito triste. E existe um mito de que o ser humano necessita comer carne, mas não é bem assim. Cada organismo reage de um jeito. Minha mãe não come carne de jeito nenhum e é muito saudável, tanto que teve 6 filhos.

Você não acha que mais pessoas deveriam pensar como você?

IF: Muita gente come carne sem imaginar como realmente estes animais são mortos. Quando a gente vive na “ignorância” de determinado assunto as coisas se tornam normais. A maioria das pessoas come carne, usa pele de animais, sem ter a menor noção da enorme crueldade que acontece em um abate.

Então você não desfila com pele de animais?

IF: Infelizmente no início da minha carreira eu usei sim. Mas há 6 anos, após tomar consciência do horror que é, eu mudei da água para o vinho. Minha visão mudou completamente quando soube que a pele é retirada com o animalzinho ainda vivo. Isso precisava ser mais divulgado. Quem usa pele de animal precisa saber dessa barbaridade. Nunca mais vou desfilar com pele de raposa, foca, ou algo parecido.

Você, pelo jeito, é uma pessoa bem informada…

IF: Sou, sou mesmo. E todo mundo precisa ser. Veja, por exemplo, estão acabando com o meio ambiente e muitas pessoas fazem isso de uma forma inconsciente. Tenho escutado muita gente dizer que para preservar está usando apenas o algodão de bambu… mas, peraí, você sabe como é o plantio deste bambu? Será que não estão devastando florestas para plantar mais bambu? Precisamos nos informar para agir da forma mais correta em tudo na vida.

Vamos falar sobre o sucesso do “Esquadrão da Moda”. O programa tomou o rumo que você e o Arlindo Grund imaginavam?

IF: O Esquadrão da Moda é maravilhoso e o SBT dá uma liberdade muito grande para eu e o Arlindo trabalharmos. É um canal de comunicação aberto, que tem uma ligação muito forte com o público e isso facilita na hora de mandar uma mensagem. Agora, por exemplo, lançamos o Esquadrão do Agasalho, que incentiva a doação de roupas no inverno. A cada semana tentamos dar o melhor da nossa experiência na área da moda. Estou me realizando profissionalmente.

Você e o Arlindo já chegaram a se irritar com alguma participante do programa?

IF: Nossa, várias vezes. O caso mais famoso aconteceu com a Sthefany (cantora do Piauí). O problema não foi só a ‘birra’ de adolescente, mas o fato dela não estar aberta às mudanças. Foi terrível gravar com ela. Era complicado também porque quando estávamos apenas eu e o Arlindo com ela, ficava tudo bem e conseguíamos conversar, mas era só aparecer alguém da equipe dela que o humor mudava. A Sthefany mudava de opinião com muita facilidade e isso não é legal.

Qual a parte mais gratificante do programa?

IF: Eu e o Arlindo somos dois chorões. Praticamente todo final de gravação a gente se emociona. O objetivo do Esquadrão da Moda é ajudar e as mulheres que participam são muito gratas a isso. Não importa quantas mulheres passem pelo programa, cada uma delas estará compartilhando com a gente a sua história, suas frustrações, seus anseios. E é bom demais perceber que ajudamos na transformação de alguém. Não tem preço ver uma mulher começar o programa se achando feia, desajeitada, e terminar com um sorriso no rosto dizendo ser a mulher mais bonita do mundo, com a autoestima nas nuvens.

O que ninguém deve ter no armário?

IF: Ninguém deve usar aquela chamada ‘bota quebra-pé’ é muito feia e não veste bem. Outra coisa, não usem nada que venha de animais exóticos. Eu sei que, principalmente quem trabalha com moda, fica muito complicado não lidar com o couro tradicional porque ele está nos sapatos, nas bolsas, nos cintos, não tem jeito… mas couro exótico não devemos usar, como por exemplo couro de crocodilo, cobra, arraia, avestruz.

Qual a regra básica para qualquer pessoa se vestir bem?

IF: O Arlindo sempre diz o seguinte: “A pessoa escolhe a roupa e não a roupa que escolhe a pessoa”. É isso mesmo! Vista o corpo que você tem e não aquele que gostaria de ter.

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