quinta-feira, 1 de julho de 2010

Isabella Fiorentino




FAMOSIDADES – A imprensa noticiou recentemente que O “Esquadrão da Moda” terá um programa especial com celebridades. Como estão os preparativos?

Isabella Fiorentino – Na verdade a gente tem vontade de fazer o programa com algum famoso, assim como fizemos com a Sthefany [a cantora do hit "CrosFox"], mas ainda não temos ninguém em vista. Seria divertido, eu sei que o público gosta, mas ainda não tenho ideia de quem será. A produção está em busca de uma pessoa que realmente seja mal vestida, porque senão fica fácil. Vira um programa assistencialista, a gente dá R$ 10 mil e a pessoa renova o guarda-roupa, mas não é isso. Queremos ensinar as pessoas a se vestir adequadamente.

Quando você e o Arlindo Grund não têm a mesma opinião sobre algum look, como vocês chegam a um acordo para vestir a participante?

Quando a gente diverge é em uma estampa, uma cor que eu gosto e ele não gosta, mas nunca discordamos na consultoria em si. A construção da roupa e a aula é algo sempre muito bem pensado entre nós dois. Até porque fizemos o mesmo curso de consultoria de imagem e aprendemos juntos a arquitetura do corpo da mulher. Então é difícil não chegar a um acordo, mas quando isso acontece, temos um guarda-roupa gigante no SBT, sempre achamos uma peça que os dois aprovam e aí não tem problema.

O programa alguma vez já escolheu uma candidata e no meio do caminho vocês pensaram em desistir?

Olha, isso acontece. Eu mesma já tive receio com algumas participantes por achar que elas não iriam aceitar minhas opiniões, mas quebrei a cara todas as vezes que pensei assim. Na maioria das vezes é muito difícil, mas sempre tivemos bons resultados. Uma ou outra deve voltar ao seu estilo, as “periguetes”, por exemplo. Na hora elas adoram tudo, elas entendem que tem ambientes que elas não podem usar certas roupas, mas acho que na hora da balada o “periguetismo” volta com tudo. Parece que está intrínseco na pessoa, é incrível isso.

O “Esquadrão” tem como foco abordar as mulheres. Há projetos de fazer episódios com homens também?

Nós fizemos uma fez, foi bárbaro, eu amei ter feito. Mas não tem jeito, o nosso público é feminino, o homem não assiste tanto. Claro que muitos homens pedem, mas se aparecer uma pessoa muito incrível, um cara divertido, engraçado e extremamente de mau gosto, aí a gente faz. Se conseguirmos uma pessoa assim aí todo mundo ganha, as mulheres se divertem e os homens aprendem, seria ótimo.

Fora o “Esquadrão da Moda” você tem outros planos com o SBT? Até quando vai o seu contrato?

O meu contrato vai até dezembro, mas provavelmente eu renove para continuar a temporada no ano que vem. No começo ninguém botava muita fé em programa de moda numa TV aberta. Mas vimos que tem espaço sim, o povo gosta de aprender. Apesar de o “Esquadrão” ser um programa de moda, ele também é um programa de transformação. Isso é muito legal de ver. No programa as pessoas aprendem que por meio da roupa você comunica muita coisa, sem falar uma palavra. Não adianta você ser capaz e não parecer capaz, eu sempre digo isso. Se você representa uma empresa, você tem que representar a empresa e não o seu estilo. O estilo pessoal não pode estar acima do estilo da empresa. Tem que saber se adequar.

Você acha que na TV as pessoas podem conhecer uma Isabella que você não mostrava nas passarelas?

Com certeza! Quando eu fiz o teste para o “Esquadrão” as pessoas acharam que poderia não dar certo, que eu não conseguiria atingir o grande público, mas na verdade as pessoas viram que eu sou super normal, só tenho alguns metros a mais. Eu tenho facilidade de me comunicar com o público, sou zero fresca e isso fez com que eu me aproximasse das pessoas. Todos tinham a imagem de uma mulher de passarela que é fina, chique e elegante, mas eu sou tão normal, não vejo diferença só por estar mais exposta, sou super acessível e hoje as pessoas passaram a me enxergar diferente por mostrar como eu realmente sou na TV.

Agora que está se dedicando a carreira de apresentadora, você sente falta das passarelas?

Eu sinto muita falta. Quando tem semana de moda fico sempre lembrando de como era. Mas a primeira passarela que eu pisei faz 20 anos, já passei o que eu tinha que passar. Já fechei desfiles, abri desfiles e fiz temporadas. Acho que tudo tem um ciclo, o meu de modelo já encerrou. Mas ainda faço muitos catálogos para empresas que querem vincular seu produto ao meu nome.

Recentemente você lançou o livro “Na Moda com Isabella Fiorentino”. Que não dita só tendência, mas ensina como cada tipo de pessoa deve se vestir. Como você se sentiu ao fazer esse projeto? Pretende dar sequência ao livro?

Eu tenho 20 anos de carreira então eu sempre fiquei muito próxima da moda. Mas isso era moda para corpo de modelo, não é tudo que está nas passarelas que todo mundo pode usar. Aí depois que eu fiz o curso de consultoria de imagem eu aprendi, mas aprendi tanto, que tive muita vontade de passar isso para frente. O mercado está carente de livros assim, para as pessoas consultarem e conseguirem montar um guarda-roupa sabendo aproveitar o seu tipo de corpo. E não ficar comprando tudo que está na moda, não é todo mundo que pode usar tudo. Eu lancei esse livro exatamente por isso. Por mais contato que as pessoas tenham com a moda, elas precisam ter consciência do seu próprio corpo. É um projeto que está sendo muito bem aceito e pretendo dar sequência.

O que você indica, ou já indicou para as pessoas, que está realmente na moda, mas você nunca usaria?

Eu já queimei muito minha língua falando isso. Já tive pavor de algumas coisas usadas nos anos 1980, que hoje me vejo usando. Tudo é uma releitura, tem mesmo uma maneira nova, então procuro sempre estar aberta e gosto de ousar nas produções. Não digo que não usaria nada, no futuro isso pode vir modificado. O que eu não gosto muito é vestir roupas sensuais, eu me sinto muito exposta, mas uso com um belo blazer por cima e está tudo certo. Sigo a tendência sim, mas no meu estilo.

Quais peças você aposta como peças chaves do momento?

Eu estou apaixonada pelos sapatos oxford, já comprei quatro! Acho que vem com tudo. É uma sapatilha que perde um pouco a sensualidade por ser um modelo masculino, mas dá um contraponto com a sensualidade dos recortes, ombros de fora e vestidinhos minis. Gosto bastante da mistura e do equilíbrio dos estilos.

Quem é um ícone fashion para você?

Eu gosto muito da Giovanna Battaglia, editora de moda da “Vogue Homem” italiana. Ela é bárbara. Consegue usar roupas que eu penso que não usaria, mas com o toque de ousadia dela fica incrível, ela consegue fazer isso muito bem.

Você já lançou uma linha de sandálias. Há planos para um grife de roupas com o seu nome?

Eu pretendo, eu tenho muita vontade, mas é difícil porque é muita dedicação, teria que desenhar uma coleção inteira e ultimamente estou sem tempo e não consigo fazer isso. É um projeto que tem que ser feito com muito carinho, mas agora não consigo me dedicar.

Todo mundo gosta de chegar em casa e vestir uma roupa confortável. Você é chique até nessa hora, ou se permite usar roupas fora de moda?

Me permito sim! Eu amo o conforto, mas isso não está ligado ao desleixo. Me visto normal, mas nada manchado, furado, não precisa ser assim. Fico bem confortável sem ser largada. No meu dia-a-dia eu sou muito simples. Sempre falo que uso um uniforme. Coloco uma calça jeans, camiseta, sapatilha e um cachecol para proteger minha garganta porque no estúdio é muito frio. Estou sempre no mesmo estilo, não mudo.

Você já declarou em entrevistas que quer ser mãe logo. Quando podemos esperar um filho da Isabella?

Eu tenho muita vontade, mas se eu não consigo fazer nem uma coleção de roupa, imagina criar um filho? É complicado agora, mas no ano que vem acho que seria ótimo. Temos muitos exemplos de mulheres que tiveram filhos e continuaram firmes na carreira como Fernanda Lima, Angélica, eu acho que também vou conseguir conciliar as duas coisas. É um sonho pra mim.

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